2021 |
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Oficina A transformação dos monstros no cinema: Das criaturas clássicas ao horror humano - M7D01 - Ponto MIS |
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Parceria entre a ELCV – Escola Livre de Cinema e Vídeo e o MIS (Museu da Imagem e do Som) através do Programa Pontos MIS.
Dia 01/07 das 15h às 17h - Duração 2 horas
Gratuito
15 anos.
Oficina realizada remotamente através de sala virtual.
Inscrição
Através de escolha um dos dias abaixo, clicando no link e efetuando a inscrição:
Dia 01/07 - http://l.elcv.art.br/abhj.html - Quinta-Feira
Dia 02/07 - http://l.elcv.art.br/abhk.html - Sexta-Feira
Sobre a Oficina Ministrada pelo pesquisador e crítico Carlos Primati, a proposta da oficina é demonstrar como a representação de diferentes criaturas assustadoras nas telas, desde os clássicos monstros sobrenaturais até seres humanos de comportamento irracional, ajudam a compor um complexo panorama sobre a noção de bem e mal, bonito e feio, natural e sobrenatural, nos levando a refletir sobre o que é “monstruoso”. A intenção é que o participante adquira uma visão mais ampla sobre o tema e com bagagem para ver os filmes sob ângulos mais complexos, ou desenvolva suas próprias pesquisas e estudos dentro do tema. Os filmes de horror, desde os primórdios do cinema, se valeram da imagem impactante dos “monstros”, baseando-se em criações literárias e em montagens teatrais, em que Drácula, Frankenstein, O Médico e o Monstro e O Fantasma da Ópera, entre outros, assombravam e intrigavam as plateias com representações visuais de criaturas sobrenaturais ou as consequências malignas da ciência mal aplicada. Outros seres do além, ou de regiões desconhecidas e misteriosas – como lobisomem, doppelgänger, fantasma etc. – se juntaram à galeria com o passar dos anos, vindos do folclore e da tradição oral. O autor francês Victor Hugo propôs uma quebra na tradição ao tornar o monstro digno de empatia – pessoas fisicamente grotescas, mas de bom coração, como O Corcunda de Notre Dame e O Homem Que Ri, e o cinema também adotou essa abordagem, chegando a casos extremos, como o filme “Freaks”, de 1932. O moderno cinema de horror é marcado por outra quebra de paradigma, quando Alfred Hitchcock realizou “Psicose”, em 1960, no qual apresenta um assassino psicopata jovem, bonito, carismático, tímido e (aparentemente) inofensivo. O monstro nas telas se torna o próprio ser humano, cuja maldade parece sem limite, seja ele da ficção (Leatherface, Michael Myers, Hannibal Lecter) ou inspirado em assassinos do mundo real (Ted Bundy, Jeffrey Dahmer, John Wayne Gacy). Contando com 100 anos de monstros nas telas, os filmes de horror continuam impactando com suas criações que despertam nosso medo e fascínio, ao mesmo tempo em que nos desafiam a compreender a origem da maldade.
Sobre o professor Carlos Primati é pesquisador de cinema fantástico, crítico, editor, tradutor e professor de cursos livres. Ministrou diversos cursos pelo MIS, abordando temas como Expressionismo Alemão, Alfred Hitchcock, História do Horror, Ficção Científica da Década de 1950, Horror no Cinema Brasileiro e Zé do Caixão. Também colaborou com a exposição sobre Hitchcock no MIS e integra a equipe de oficineiros do Pontos MIS há alguns anos, inicialmente com viagens presenciais e, a partir de 2020, com criação de conteúdo para o canal do projeto no YouTube.
------------------------------------------------------ Pontos MIS é um programa de circulação e difusão audiovisual que visa promover a formação de público e a circulação de obras do cinema. Estabelecendo parcerias para criar pontos de difusão audiovisual espalhados pelo Estado. O programa é uma parceria entre o Museu da Imagem e do Som - MIS e as cidades do Estado.
O MIS entra com a programação e o material de divulgação e a cidade com a infra-estrutura necessária (espaço adequado para as exibições, equipamentos, equipe e divulgação local). Mensalmente, enviamos um programa de filmes diferente para ser exibido, na maior parte das vezes composto por 1 curta e 1 longa-metragem, acompanhado de uma atividade complementar, que pode ser um bate papo com o diretor do filme ou uma oficina audiovisual. Estamos ampliando a área de atuação do MIS, estabelecendo parcerias para criar pontos de difusão audiovisual espalhados pelo Estado, levando, assim, ações do MIS a lugares sem a mesma infraestrutura. Levar a programação do MIS para outros centros é uma das linhas de atuação da atual gestão do Museu. Ressaltamos a importância do programa, que busca democratizar o acesso ao cinema, a fim de contribuir para a formação de platéias, a difusão de filmes e o estímulo à produção local.
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