25/03/2019 |
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4ª MOSTRA DE CINEMA DA MULHER - 29, 30 e 31 de Março |
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A Mostra de Cinema da Mulher, idealizada pela Baciada de Mulheres do Juquery, está em sua 4ª edição. O coletivo da Baciada nasceu em agosto de 2015, do desejo de jovens francorrochenses em abrir espaço para o estudo e discussão feminista, e que encontrou no artivismo o diálogo com sua comunidade, e desde 2016, vem realizando a Mostra anualmente. A Mostra de Cinema da Mulher, integra um circuito de 68 festivais de cinema no estado de São Paulo, e está entre os 11 festivais dedicados a filmes dirigidos por mulheres, em todo Brasil, segundo o estudo de Paulo Correa, sobre Os Festivais Audiovisuais em 2017 – Geografia e Virtualização. A Mostra que acontece no mês dedicado às mulheres, traz a tona importantes discussões a respeito da mulher na sociedade contemporânea, e sobretudo num momento de tantos retrocessos na política brasileira, o coletivo Baciada das Mulheres do Juquery, vê a realização da Mostra como uma urgência, como um espaço de resistência diante das atrocidades, um espaço de acolhimento e fortalecimento entre mulheres, de nutrir ideias, e pensar também junto a outras realizadoras culturais, em estratégias de sobrevivência, para nós mulheres, e para nossa arte. A idealização e produção da 4ª Mostra de Cinema da Mulher é da Baciada das Mulheres do Juquery, com realização da Prefeitura de Franco da Rocha.
Veja todas as informações acessando material em PDF, clique aqui.
PROGRAMAÇÃO
Sexta – 29/03 – 20h
- Luzes, memória, mulheres, ação (Rio de Janeiro/RJ)
(DOC - 19’36’’) Eunice Gutman
Sinopse O filme narra episódios do movimento das mulheres no Brasil e no mundo, passando por diferentes etapas de lutas, da Revolução Francesa às primeiras manifestações no início do século XX. Conquistas recentes e lutas que parecem incomuns, são direitos adquiridos através de uma longa história de desafios contada através de entrevistas, cenas teatrais e imagens históricas.
- Encantadas (Belém/PA)
(DOC - 20’16’’) Taís Lobo
Sinopse "Encantadas" são mulheres encarnadas defensoras de direitos humanos em diversos territórios da Amazônia. Indígenas, quilombolas, ribeirinhas, pescadoras, agricultoras, as mulheres amazônicas lutam pelo reconhecimento de suas terras, pela preservação das águas, pelo direito de viver bem, em harmonia com a natureza, e por respeito às suas culturas e seus modos de vida. Mobilizadas e mobilizadoras de suas comunidades, elas resistem à pressão dos megaprojetos e latifúndios sobre seus territórios, à destruição da floresta e à mercantilização da Amazônia, que geram consequências desastrosas para as suas vidas e as suas comunidades. Reagem e rejeitam o lugar de submissão que lhes é imposto e reafirmam autonomia sobre seus corpos e seus territórios, enfrentando ameaças e as mais variadas formas de violência.
- Chega de sofrer calada - 14 anos (Mariana/MG)
(DOC - 14’30’’) Larissa Pinto e Tainara Torres
Sinopse Depois do rompimento da barragem de Fundão, das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, a Fundação Renova contratou empresas terceirizadas para atuar nas comunidades atingidas. Com isso, muitos homens passaram a trabalhar nessas regiões e, hoje, as mulheres além de enfrentarem o desafio de não serem reconhecidas como trabalhadoras pelas empresas causadoras dos danos por serem consideradas dependentes dos maridos no processo de cadastramento, também sofrem com o assédio dos trabalhadores das terceirizadas. A chegada de tantos homens alterou o cotidiano das mulheres e trouxe novos problemas para regiões que já sofreram tanto com o crime das mineradoras. O documentário une os vídeos produzidos para a reportagem especial do Jornal A Sirene "Chega de sofrer calada", produzida e publicada na edição nº 34, e traz os relatos de mulheres atingidas que sofreram, e ainda sofrem, com assédio. Para proteger as mulheres, optamos por manter suas identidades em sigilo, assim como as cidades e as comunidades das quais fazem parte. Todos os nomes usados são fictícios.
- A parteira (Natal/RN)
(DOC - 20’) Catarina Doolan
Sinopse Donana, parteira com mais de meio século de ofício, representa a resistência da tradição e humanização ao parto na região de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Dona de uma personalidade forte, compartilha de sua sabedoria, adquirida ao longo de anos como parteira, mãe, mãe de santo, madrinha, mulher. Assim como a chanana, flor que brota em meio ao concreto e subestima por sua frágil aparência, Donana nos ensina a permanecer firmes apesar das adversidades da vida.
Sábado – 30/03 – 20h
- Um corpo feminino (Porto Alegre/RS)
(DOC - 20’) - Thais Fernandes
Sinopse Quando nomeamos uma coisa, ela perde ou ganha sentido? “Um corpo feminino” propõe um jogo aparentemente simples – pergunta para mulheres de diversas gerações a definição de algo que em teoria as unifica. Parte de um projeto transmídia, o filme é a porta de entrada para uma narrativa que possui muitos pontos de vista e nenhuma resposta certa.
- Nós por nós – 12 anos (Brasília/DF)
(DOC - 11’55’’) Isabela Graton e Mariana Bitencourt
Sinopse "Nós por nós" aborda a questão da violência de gênero dentro do ambiente universitário. Tendo como pano de fundo a Universidade de Brasília (UnB), o documentário busca mostrar, então, como a instituição lida com os casos de assédio, estupro e até feminicídio que acontecem dentro desse ambiente e como as próprias estudantes têm se movimentado para lutar contra essa realidade.
- Megg - A margem que migra para o centro (Curitiba/PR)
(DOC - 15’) Larissa Nepomuceno e Eduardo Sanches
Sinopse Megg Rayara derrubou barreiras para chegar onde chegou.Para ela, seu diploma é um marco importante de uma luta não só pessoal mas, sim, coletiva. Pela primeira vez no Brasil, uma travesti negra conquista o título de Doutora. É a margem que migra para o centro, levando toda sua história consigo.
Domingo – 31/03 – 18h
- Geni (São Paulo/SP)
(Drama - 15’) Cecilia Engels
Sinopse Geni passou a vida guardando um segredo que a faz viver à sombra de Fran Lopez, um cantor famoso, cheio de fãs. Disposta a mudar sua história, ela vai lutar por seu espaço e reconhecimento. O filme foi realizado por uma equipe 100% feminina e aborda a questão do empoderamento de uma mulher negra aos 60 anos de idade.
- Nós, Carolinas (São Paulo/SP)
(DOC - 17’) Coletivo Nós, Mulheres da Periferia
Sinopse Uma senhora cheia de memórias sobre o interior de São Paulo. Uma menina que se orgulha de seu cabelo black-power. Uma mulher que voltou a estudar depois dos 50 anos e uma arte-educadora que dribla o tempo para conciliar maternidade e sua vida pessoal. Todas elas unidas por uma mesma geografia: a periferia da cidade de São Paulo. “Nós, Carolinas” traz as vivências e vozes de quatro mulheres que moram em diferentes bairros: Parque Santo Antônio, zona Sul; Jova Rural, zona norte; Perus, região noroeste e Guaianases, na zona leste. Joana Ferreira, Carolina Augusta, Renata Ellen Soares e Tarcila Pinheiro falam o que é ser mulher da periferia em cotidianos particulares, mas conectados pelo recorte de classe, raça e de gênero. Assim como a escritora Carolina Maria de Jesus, que encontrou na escrita um instrumento para superar sua invisibilidade, essas outras Carolinas também invisíveis aos olhos do centro, usam a potência de sua voz para romper silêncios.
- Eu vejo Flores (Curitiba/PR)
(DOC - 17’31’’) Bruna Steudel
Sinopse Como semente rara, Nega atravessou as estações do cárcere para voltar a floreScER. Documentário realizado a partir das vivências do projeto Eu Vejo Flores - idealizado pelo Instituto Aurora - que, entre os anos de 2015 a 2017, esteve focado em trabalhar o fortalecimento de identidades de mulheres e meninas privadas de liberdade.
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