26/11/2021 |
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XINGU 60 ANOS - Mostra de Filmes marca os 60 anos do Parque Indígena do Xingu |
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Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa – e Ecofalante apresentam
XINGU 60 ANOS - Mostra de Filmes marca os 60 anos do Parque Indígena do Xingu
De 1 a 12 de dezembro, a Mostra Ecofalante de Cinema promove a programação especial Xingu 60 Anos, com 31 filmes disponibilizados de forma online e gratuita.
O evento marca as seis décadas de existência do Parque Indígena do Xingu, criado em 1961 para garantir a sobrevivência, melhores condições de vida e a posse da terra à população indígena da região e para preservar sua cultura, seus hábitos e suas crenças. À época a maior e mais importante reserva indígena brasileira, o parque foi uma iniciativa de sertanistas liderados pelos irmãos Villas-Bôas – Cláudio, Orlando e Leonardo.
A programação traz curtas, médias e longas-metragens, reunindo produções pioneiras realizadas a partir de 1932 até títulos finalizados em 2021 e ainda inéditos.
Destacam-se obras assinadas por cineastas consagrados – como Aurélio Michiles, Mari Corrêa, Maureen Bisilliat, Paula Gaitán e Vincent Carelli – ao lado de trabalhos recentes de realizadores indígenas originários da região do Xingu, como Takumã Kuikuro, que estreia na mostra dois novos títulos, e Kamikia Kisêdjê.
Os filmes e demais atividades podem ser acessados gratuitamente através do site do evento [https://www.ecofalante.org.br/], sendo parceira a plataforma Cultura em Casa [https://culturaemcasa.com.br/].
sobre os filmes
Coprodução entre a França, Brasil e Bélgica, “Raoni” (1978) foi indicado ao Oscar de melhor documentário (em sua versão norte-americana, com locução de Marlon Brando). Na versão brasileira, com a voz de Paulo César Pereio, conquistou quatro premiações no Festival de Gramado, incluindo a de melhor filme. É esta a versão exibida na mostra. A obra acompanha a luta do cacique Raoni pela preservação do Parque Nacional do Xingu, ameaçado por grileiros, caçadores e madeireiras. O longa-metragem foi filmado clandestinamente no Parque Nacional do Xingu no princípio de 1975, durante a ditadura militar brasileira. A direção é assinada pelo cineasta e escritor belga Jean-Pierre Dutilleux (de “Amazon Forever” e “Une Histoire Amazonienne”) e pelo fotógrafo e montador brasileiro Luiz Carlos Saldanha. Na mostra, o filme é exibido em cópia recentemente digitalizada em resolução 4K, que oferece a maior qualidade de imagem.
Da fotógrafa Maureen Bisilliat, que foi parceira dos irmãos Villas-Bôas, a programação exibe “Xingu/Terra” (1981), um retrato do cotidiano de uma aldeia do grupo indígena Mehinaku, no Alto Xingu, contemplado com dupla premiação no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Plantação, pesca, cerâmica, a preparação da tinta de urucum, a modelagem da cerâmica doméstica, o relacionamento entre pais e filhos e o cerimonial de casamento são alguns dos aspectos abordados na obra. Inglesa radicada no Brasil, Bisilliat fez uma série de viagens ao Xingu, tendo lançado em 1979, em coautoria com os irmãos Cláudio e Orlando Villas-Bôas, o livro “Xingu: Território Tribal”. Segundo especialistas, ela desenvolveu um dos mais sólidos trabalhos de investigação fotográfica, focalizando temas como os sertanejos e indígenas.
Em “O Brasil Grande e os Índios Gigantes” (1995), o cineasta Aurélio Michiles (dos longas-metragens “O Cineasta da Selva” e “Tudo por Amor ao Cinema”) narra a saga da tribo Krenakarore (também conhecidos como Panará) e retrata a violenta mudança no destino dos indígenas após seu contato com os homens brancos. A obra inclui depoimentos do antropólogo Darcy Ribeiro e do economista Roberto Campos. Participam ainda os sertanistas Orlando e Cláudio Villas-Bôas, os primeiros brancos a entrarem em contato com os Krenakarore. O filme é uma produção do ISA - Instituto Socioambiental.
Até hoje inédito comercialmente no Brasil, “Uaka” (1988) documenta delicadamente o universo e os movimentos de um dos rituais mais famosos dos povos indígenas xinguanos, o Kuarup. Premiado no Festival de Amiens (França), a obra marcou a estreia na direção de longas-metragens de Paula Gaitán, realizadora homenageada em 2021 pela Mostra de Cinema de Tiradentes. Viúva do cineasta Glauber Rocha, Gaitán dirigiu longas como “Diário de Sintra” e “Exilados do Vulcão” - este último vencedor do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Dirigido por Daniel Solá Santiago (de “Família Alcântara”) e exibido no festival É Tudo Verdade, “Coração do Brasil” (2012) reúne três integrantes da expedição que demarcou o centro geográfico do Brasil em 1958 – o explorador Sérgio Vahia de Abreu, o documentarista Adrian Cowell e o cacique Raoni. Eles revisitam aldeias, reencontrando personagens e verificando a condição dos indígenas passados 50 anos da criação do Parque Indígena do Xingu.
Curta-metragista e documentarista premiado em festivais como Havana e Brasília, o cineasta Nilson Villas-Bôas promove em “O Último Kuarup Branco” (2008) uma reavaliação do Parque Indígena do Xingu após 50 anos de sua criação. Na obra, os indígenas mais velhos ainda não esqueceram as terras originais, que deixaram para trás, e alguns querem voltar às suas antigas origens.
Estão presentes em Xingu 60 Anos obras pioneiras, assinadas por Luiz Thomaz Reis, Jesco von Puttkamer e Heinz Forthmann. O documentário silencioso “Ao Redor do Brasil”, de 1932, reúne os principais registros do major Luiz Thomaz Reis (1878-1940) em suas incursões pelo interior das Regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, entre 1924 e 1930, acompanhando diferentes episódios do projeto militar-científico-civilizatório conhecido como Comissão Rondon.
Fotógrafo e cineasta de origem alemã, Heinz Forthmann (1915-1978) produziu uma obra que situa-se entre as mais importantes do cinema etnográfico brasileiro. Integrou a equipe de Expedições do Serviço de Proteção ao Índio (SPI) que, a partir de 1942, registrou imagens preciosas do interior do Brasil e dos povos indígenas do país. Com destaque para sua bela fotografia em cores, “Kuarup”, filme que realizou em 1966 e integra a programação, documenta o ritual homônimo dedicado aos mortos ilustres.
Considerado um dos precursores da antropologia visual no Brasil, o cineasta e fotógrafo Jesco von Puttkamer (1919-1994) dedicou grande parte da sua vida à produção de um dos maiores acervos audiovisuais existentes sobre os povos indígenas brasileiros. A programação inclui três títulos do realizador, um deles inédito no Brasil: “O Destino das Mulheres Amazonas” (1960, inédito no Brasil), sobre a lenda das amazonas e como essas mulheres e seus costumes podem ter sobrevivido em outras tribos da região. Já “Contato com uma Tribo Hostil” (1965) documenta os primeiros contatos dos irmãos Villas-Boas com os indígenas Txicão (Ikpeng) em 1965. “Incidente no Mato Grosso” (1965), por sua vez, focaliza a transferência do grupo indígena Kaiabi para o Parque do Xingu. Está programado ainda “Bubula, o Cara Vermelha” (1999), documentário sobre Jesco von Puttkamer dirigido por Luiz Eduardo Jorge, que narra sua trajetória histórica durante quatro décadas e foi premiado no Festival de Brasília e no Cine-PE | Festival Audiovisual (Recife), entre outros eventos.
Grande homenageado na terceira edição da Mostra Ecofalante de Cinema, em 2014, Washington Novaes (1934-2020) foi um jornalista que tratou com especial destaque os temas de meio ambiente e culturas indígenas. Em “Xingu - Terra Ameaçada”, série de 2007, cujo primeiro episódio é exibido na mostra, ele revisita a região do Xingu, na qual havia realizado outra série documental, "Xingu - Terra Mágica", na década de 1980, e encontra os mesmos grupos indígenas anteriormente retratados, só que agora sofrendo com a pressão do desenvolvimento econômico.
Xingu 60 Anos exibe seis produções do Vídeo nas Aldeias, projeto criado em 1986 que utiliza recursos audiovisuais para fortificar a identidade dos povos indígenas e sua cultura. O grande destaque é “Itão Kue-gü – As Hiper Mulheres” (2011), dirigido por Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro. A obra venceu o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, foi premiada no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (Goiás) e nos festivais de Brasília e Gramado, além de ter sido selecionado para eventos internacionais prestigiosos, como os festivais de Roterdã, Bafici-Buenos Aires e World Cinema de Amsterdã. O longa focaliza o maior ritual feminino da região do Alto Xingu.
Também oriundos do mesmo projeto são “Kiarãsâ Yõ Sâty – O Amendoim da Cutia” (2005, eleito melhor documentário na Jornada Internacional de Cinema da Bahia e no forumdoc.bh - Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte), de Paturi Panará e Komoi Panará, sobre a colheita do amendoim e o cotidiano em uma aldeia Panará; “Imbé Gikegü – Cheiro de Pequi” (2006), de Takumã Kuikuro e Maricá Kuikuro, que explica, com muito humor, porque o pequi tem cheiro forte, segundo a lenda Kuikuro; e “Kîsêdjê ro Sujareni – Os Kisêdjê Contam a Sua História” (2011), de Kamikia Kisêdjê e Whinti Suyá, reunindo narrativas sobre os primeiros contatos com o homem branco e a história recente do povo Kîsêdjê.
Codirigido por Mari Corrêa – que tem outros três filmes no evento – e Vincent Carelli (dos longas “Corumbiara” e “Martírio”), “De Volta à Terra Boa” (2008) narra a trajetória do grupo indígena Panará, do desterro ao reencontro com seu território original. A narrativa parte do primeiro contato com o homem branco, em 1973, passa pelo exílio no Parque Indígena do Xingu e chega até a luta e reconquista da posse de suas terras. A produção venceu dois prêmios na Mostra Internacional do Filme Etnográfico (Rio de Janeiro).
Da cineasta Mari Corrêa, a programação apresenta outras três realizações. “Pïrínop: Meu Primeiro Contato” (2007, codirigido com Karané Ikpeng) traz as lembranças do primeiro contato dos indígenas Ikpeng com o homem branco, o exílio, a terra abandonada, o desejo e a luta pelo retorno. Já “O Corpo e os Espíritos” (1996) relata o encontro entre duas visões opostas da saúde, com médicos e pajés tentando conciliar medicina moderna e xamanismo. Por sua vez, “Para Onde Foram as Andorinhas?” (2015) alerta sobre as mudanças climáticas e o crescente calor, que prejudicam as árvores, queimam a floresta, calam as cigarras e estragam os frutos da roça. O filme, co-realizado com o ISA, foi exibido na Conferência do Clima em Paris (COP 21).
Também integra a programação o filme "Yarang Mamin" (2019), uma corealização do Instituto Catitu e do Instituto Socioambiental (ISA) dirigida pelo cineasta Kamatxi Ikpeng. O documentário retrata o dia a dia de mulheres que formaram um movimento para coletar sementes florestais, um trabalho que possibilitou o plantio de cerca de 1 milhão de árvores nas bacias do Rio Xingu e Araguaia.
Do cineasta Takumã Kuikuro, codiretor de “Itão Kue-gü – As Hiper Mulheres” e “Imbé Gikegü – Cheiro de Pequi”, o evento promove a estreia de dois trabalhos inéditos. “Kukuho – Canto Vivo Wauja” (2021) focaliza um músico, contador de histórias e líder da comunidade Waujá do Xingu que tenta preservar e compartilhar a música tradicional do seu povo. “Território Pequi” (2021) mostra como o pequi se tornou símbolo de vasto patrimônio cultural e genético. Membro da aldeia indígena Kuikuro e atualmente vivendo na aldeia Ipatse, no Parque Indígena do Xingu, Takumã Kuikuro recebeu em 2017 o prêmio honorário Bolsista da Queen Mary University of London. Foi, em 2019, o primeiro jurado indígena do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Outros três filmes são dirigidos ou codirigidos pelo cineasta Kamikia Kisêdjê. “A Última Volta do Xingu” (2015, de Kamikia Kisêdjê e Wallace Nogueira) expõe os arrasadores impactos socioambientais da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte sobre os povos da Volta Grande do rio Xingu. Vencedor de menção honrosa na Mostra Ecofalante de Cinema, “Topawa” (2019, de Kamikia Kisêdjê e Simone Giovine) traz depoimentos de mulheres da Terra Indígena Apyterewa sobre os primeiros contatos com os homens brancos, enquanto confeccionam redes e cestas a partir da palmeira de tucum. "Wotko e Kokotxi, Uma História Tapayuna" (2010, de Kamikia Kisêdjê) conta a trágica história do povo Tapayuna, que, durante décadas, combateu a invasão de suas terras. No final dos anos 1950, com a intensificação da exploração da borracha na região, alguns brancos deram a eles carne envenenada, fazendo com que grande parte do grupo morresse. O filme aborda também o ressurgimento desse povo Tapayuna, com narração por um casal sobrevivente.
Já “A História da Cutia e do Macaco” (2012) é assinado por mulheres cineastas indígenas – Wisio Kayabi e Coletivo das Cineastas Xinguanas. A obra é baseada em uma história tradicional do povo Kawaiweté.
A programação de filmes completa-se com três títulos recentes. “O Índio Cor de Rosa Contra a Fera Invisível: A Peleja de Noel Nutels” (2020), de Tiago Carvalho, reúne imagens inéditas do acervo do médico sanitarista Noel Nutels (1913-1973), que percorreu o Brasil tratando da saúde de indígenas, ribeirinhos e sertanejos, nunca deixando de registrar essas experiências com uma câmera de cinema. Multipremiada, a obra foi vencedora do prêmio de público de melhor documentário, menção especial do júri e prêmio dos estudantes no Festival de Biarritz.
“Olhares Cruzados – Parque Indígena do Xingu 50 Anos” (2011), de João Pavese, tem como fio condutor depoimentos de indígenas e não indígenas sobre a história, dilemas e desafios da consagrada terra indígena, situada no coração do Brasil. Já em “O Segundo Encontro” (2019), a cineasta Veronique Ballot recupera os passos de seu pai, o repórter-fotográfico Henri Ballot, que integrou a expedição dos irmãos Villas-Bôas na qual se deu o primeiro contato entre homens brancos e indígenas Metuktire, no norte de Mato Grosso.
sobre os debates
Com o objetivo de conhecer e entender melhor o Parque Indígena do Xingu – em que circunstâncias ele foi criado, o impacto da criação da primeira grande Terra Indígena demarcada pelo governo federal e os desafios que enfrenta – Xingu 60 Anos organizou três debates.
debate 1: Parque Indígena do Xingu (PIX): Origens - 2/12, quinta-feira, às 18h00
Com André Villas-Bôas (antropólogo e secretário executivo do ISA - Instituto Socioambiental), Maiware Kaiabi (líder do povo Kaiabi) e Mekaron Txucarramãe (líder Kayapó e primeiro indígena a se tornar diretor do PIX), com mediação de Marina Kahn (presidente do Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação Indígena).
O encontro pretende contextualizar a decisão de criar o parque, o momento histórico em que esse projeto se concretizou e os obstáculos que os seus idealizadores tiveram que enfrentar.
debate 2: Imagens do Xingu - 3/12, sexta-feira, às 18h00
Com Carlos Fausto (antropólogo e documentarista), Kamikia Kisêdjê (cineasta), Takumã Kuikuro (cineasta), Mari Corrêa (cineasta, fundadora e diretora do Instituto Catitu) e Vincent Carelli (indigenista, documentarista e fundador do projeto Vídeo nas Aldeias), com mediação de Flávia Guerra (documentarista e jornalista cultural).
O encontro promove uma conversa sobre a representação audiovisual dos povos indígenas da região do Xingu, desde a documentação dos cineastas – em sua maioria, estrangeiros – que acompanharam os irmãos Villas-Bôas em suas expedições, até o recente surgimento dos coletivos indígenas de cinema e sua apropriação do meio audiovisual e de sua própria representação.
debate 3: O Xingu Hoje - 11/12, sábado, às 18h00
Com Douglas Rodrigues (médico sanitarista, do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo), Ianukulá Kaiabi Suyá (presidente da ATIX - Associação Terra Indígena Xingu), Ivã Bocchini (indigenista do ISA - Instituto Socioambiental e articulador dos planos de gestão territorial - TIX), Kátia Ono (articuladora comunitária e assessora técnica em manejo de recursos naturais e fogo do ISA - Instituto Socioambiental), Sofia Mendonça (médica sanitarista e coordenadora do Projeto Xingu, do Departamento de Medicina Preventiva, da Escola Paulista de Medicina / Universidade Federal de São Paulo), Tapi Yawalapiti (professor, ex-vice-presidente do IPEAX - Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu ex-presidente do Conselho Local de Saúde Indígena do Alto Xingu do Pólo Base Leonardo Villas Bôas e liderança indígena) e Watatakalu Yawalapiti (liderança das mulheres indígenas do Alto Xingu), com mediação de Biviany Rojas (ISA - Instituto Socioambiental).
O debate coloca em discussão quais são as condições atuais de vida e manutenção do modo de vida dos povos indígenas – o Parque Indígena do Xingu está cumprindo a sua função original? Como os povos indígenas veem esse território hoje e a possibilidade de sua preservação diante dos muitos desafios?
Xingu 60 Anos é viabilizado através da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, Colgate e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Conta com apoio da White Martins, Valgroup e Itaú. É uma produção da Doc & Outras Coisas e coprodução da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.
Mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais, a Mostra Ecofalante de Cinema realizou sua 10ª edição nos meses de agosto e setembro últimos. A iniciativa, da ONG Ecofalante, tem direção de Chico Guariba.
serviço:
Xingu 60 Anos – programação especial da Mostra Ecofalante de Cinema
de 01 a 12 de dezembro de 2021
online e gratuito
acesso aos filmes e demais atividades pelos endereços www.ecofalante.org.br
redes sociais
www.instagram.com/mostraecofalante
www.facebook.com/mostraecofalante
www.twitter.com/mostraeco
www.youtube.com/mostraecofalante
atendimento à Imprensa:
ATTi Comunicação e Ideias - Eliz Ferreira e Valéria Blanco
(11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441
DADOS SOBRE OS FILMES
* “A História da Cutia e do Macaco” (Brasil, 2012, 12 min) – Wisio Kayabi e Coletivo das Cineastas Xinguanas
Baseado em uma história tradicional do povo Kawaiweté, é o primeiro filme realizado pelas mulheres xinguanas que participaram da Oficina de Formação Audiovisual das Mulheres Indígenas, na aldeia Kwarujá, no Parque Indígena do Xingu.
* “A Última Volta do Xingu” (Brasil, 2015, 35 min) – Kamikia Kisêdjê e Wallace Nogueira
Os indígenas Juruna e Arara expõem os arrasadores impactos socioambientais da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte sobre os povos da Volta Grande do rio Xingu.
* “Ao Redor do Brasil” (Brasil, 1932, 80 min) – Luiz Thomaz Reis
Major do exército brasileiro, Luiz Thomaz Reis ficou conhecido como o cinegrafista de Rondon. Em Paris, na década de 2010, aprendeu a trabalhar com uma câmera de filmar nos estúdios Pathé, onde adquire equipamentos cinematográficos levando-os para o Brasil. Este filme focaliza os maiores rios da América, situados no Brasil – como Amazonas, Araguaia, Negro e Guaporé –, os sertões, exemplares da fauna e flora, povos indígenas dessas regiões, e as cidades das fronteiras, como Tabatinga, Iquitos (no Peru), Rio Branco e outras.
* “Itão Kue-gü – As Hiper Mulheres” (Brasil, 2011, 80 min) – Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro
Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino da região do Alto Xingu, para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente. Vencedor do prêmio de melhor filme, prêmio da crítica e prêmio do público no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; prêmio do público no FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental (Goiás); melhor montagem e prêmio especial do júri no Festival de Gramado; melhor som no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; melhor longa-metragem documentário no FestCine Goiânia e no Hollywood Brazilian Film Festival; Prêmio Al Jazeera de melhor documentário no Festival Latino-Americano de Vancouver (Canadá); selecionado para os festivais de Roterdã, Bafici-Buenos Aires e World Cinema de Amsterdã.
* “Bubula, O Cara Vermelha” (Brasil, 1999, 28 min) – Luiz Eduardo Jorge
Sobre a filosofia e a metodologia do cineasta e fotógrafo Jesco von Puttkamer, o documentário propõe uma revisitação de sua obra audiovisual, rememorando sua experiência como fotógrafo ao documentar grupos indígenas do Brasil Central. Vencedor do Prêmio Marco Antônio Guimarães, pelo melhor uso de material de pesquisa, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; prêmio especial do júri no Cine-PE | Festival Audiovisual (Recife) e na Jornada Internacional de Cinema da Bahia; Prêmio OCIC (Organização Católica Internacional do Cinema) no FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Goiás); Troféu Karajá na Jornada Científica das Universidades Católicas do Centro-Oeste.
* “Contato com uma Tribo Hostil” (Brasil/Reino Unido, 1967, 26 min) – Jesco von Puttkamer
Compõe a série de curtas documentários para o programa da BBC “Travelers Tales”: este episódio documenta os primeiros contatos dos irmãos Villas-Boas com os indígenas Txicão (Ikpeng) em 1965, incluindo cenas de seu cotidiano (banho no rio, alimentação, armas, utensílios domésticos etc.) e suas reações diante do homem branco, como troca de presentes e aprendizado das línguas.
* “Coração do Brasil” (Brasil, 2012, 86 min) – Daniel Solá Santiago
Três participantes da expedição liderada pelos irmãos Villas-Bôas que demarcou o centro geográfico do Brasil em 1958 – o explorador Sérgio Vahia de Abreu, o documentarista Adrian Cowell e o cacique Raoni – revisitam aldeias, reencontrando personagens e verificando a presente condição dos indígenas. Selecionado para o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.
* “De Volta à Terra Boa” (Brasil, 2008, 21 min) – Mari Corrêa e Vincent Carelli
Homens e mulheres do grupo indígena Panará (ou Krenakore) narram a trajetória de desterro e reencontro de seu povo com seu território original. A narrativa parte do primeiro contato com o homem branco, em 1973, passa pelo exílio no Parque Indígena do Xingu e chega até a luta e reconquista da posse de suas terras. Vencedor do Prêmio TV Brasil de melhor curta-metragem e Prêmio ABDeC de melhor curta-metragem na Mostra Internacional do Filme Etnográfico (Rio de Janeiro).
* “Imbé Gikegü – Cheiro de Pequi” (Brasil, 2006, 36 min) – Takumã Kuikuro e Maricá Kuikuro
O filme explica porque o pequi tem cheiro forte, segundo a lenda Kuikuro, povo do Alto Xingu. O enredo inclui traição, assassinato e romance. Tudo com muito humor, já que o cheiro viria do sexo da mulher.
* “Incidente no Mato Grosso” (Brasil/Reino Unido, 1965, 26 min) – Jesco von Puttkamer
Parte da série de documentários para o programa da emissora britânica BBC “Travelers Tales”, este episódio retrata a transferência do grupo indígena Kaiabi para o Parque do Xingu. O filme mostra as excursões para resgatar indígenas em perigo de extinção – muitos fugindo de serem mortos ou escravizados por seringueiros –, incluindo um pajé como proativo no resgate do seu povo.
* “Kiarãsâ Yõ Sâty – O Amendoim da Cutia” (Brasil, 2005, 51 min) – Paturi Panará e Komoi Panará
O cotidiano da aldeia Panará na colheita do amendoim, apresentado por um jovem professor, uma mulher pajé e o chefe da aldeia. Vencedor do prêmio de melhor documentário em vídeo na Jornada Internacional de Cinema da Bahia e no forumdoc.bh - Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte; menção honrosa na Mostra Internacional do Filme Etnográfico (Rio de Janeiro); melhor média-metragem documentário no FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Goiás).
* “Kîsêdjê ro Sujareni – Os Kisêdjê Contam a Sua História” (Brasil, 2011, 20 min) – Kamikia Kisêdjê e Whinti Suyá
Enquanto os velhos da tribo narram os primeiros contatos com o homem branco e sua relação com o Parque Indígena do Xingu, Winty, liderança jovem, apresenta a história recente do povo Kîsêdjê. Uma rara produção indígena que revisita o passado através de imagens de arquivo, fazendo uma releitura contundente da história de um dos povos xinguanos.
* “Kuarup” (Brasil, 1966, 20 min) – Heinz Forthmann
Documentário sobre a vida dos Kamayurá, destacando a divisão das funções dos gêneros, a educação das crianças e a apresentação do Kuarup, cerimônia fúnebre comum na região do Alto Xingu.
* “Kukuho – Canto Vivo Wauja” (Brasil, 2021, 32 min) – Takumã Kuikuro
Akari é um músico, contador de histórias e líder da comunidade Waujá do Xingu. Falante da língua maipure da família Arawak, ele busca preservar e compartilhar a música tradicional do seu povo, participando de atividades de ensino em aldeias onde o conhecimento musical está quase extinto.
* “O Brasil Grande e os Índios Gigantes” (Brasil, 1995, 47 min) – Aurélio Michiles
Documentário sobre a saga do povo Panará, chamados Krenakarore ou "índios gigantes": os primeiros contatos, a transferência para o Parque do Xingu e o retorno ao território tradicional. O filme traz depoimentos de sertanistas e antropólogos, como Darcy Ribeiro (1922-1997), Orlando Villas-Bôas (1914-2002) e Cláudio Villas-Bôas (1916-1998), entre outros.
* “O Corpo e os Espíritos” (França, 1996, 53 min) – Mari Corrêa
O filme relata o encontro entre duas visões opostas da saúde, da doença e da cura. No Parque Indígena do Xingu, médicos e pajés tentam conciliar medicina moderna e xamanismo. Trata-se de um questionamento às possibilidades desse diálogo entre culturas.
* “O Destino das Mulheres Amazonas” (Brasil/Reino Unido, 1960, 24 min) – Jesco von Puttkamer
Parte da série de documentários para o programa da emissora britânica BBC “Travelers Tales, este episódio inédito no Brasil se debruça sobre a lenda das amazonas e como essas mulheres e seus costumes podem ter sobrevivido em outras tribos da região.
* “O Índio Cor de Rosa Contra a Fera Invisível: A Peleja de Noel Nutels” (Brasil, 2020, 71 min) – Tiago Carvalho
Entre as décadas de 1940 e 1970, o médico sanitarista Noel Nutels (1913-1973) percorreu o Brasil tratando da saúde de indígenas, ribeirinhos e sertanejos, e filmou muitas de suas expedições. Imagens inéditas de seu acervo e o único registro de sua voz estão reunidos no filme para denunciar o que ele chamou de massacre histórico contra as populações indígenas. Vencedor do prêmio de público de melhor documentário, menção especial do júri e prêmio dos estudantes do IHEAL - Instituto de Altos Estudos da América Latina no Festival de Biarritz; melhor filme no Festival Another Way Madri); melhor documentário ibero-americano no FIDBA – Festival Internacional de Documentários de Buenos Aires; melhor documentário na categoria "Miradas Lationoamericanas" do Festival Latino-Americano de Línguas Originárias (Peru); menção honrosa no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; melhor longa-metragem documentário no Festival Socioambiental Viviendo Cine (Peru); melhor documentário no Festival Cine por los Direchos Humanos (Colômbia); prêmio Jurandyr Noronha de melhor uso de material de arquivo no Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo.
* “O Segundo Encontro” (Brasil/França, 2019, 76 min) – Veronique Ballot
Após 64 anos, a diretora Veronique Ballot segue os passos do pai, o repórter-fotográfico Henri Ballot, que integrou a expedição dos irmãos Villas-Boas na qual se deu o primeiro contato entre homens brancos e indígenas Metuktire, no norte de Mato Grosso. O que aconteceu com os indígenas depois de mais de seis décadas de invasão de suas terras? Que traços do pai a filha encontraria em território tão afastado? No filme, os indígenas falam, confrontam passado e presente e revivem a memória dos Kayapós por meio das fotos de Ballot. Selecionado para o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.
* “O Último Kuarup Branco” (Brasil, 2008, 72 min) – Nilson Villas-Bôas
A criação do Parque Indígena do Xingu é reavaliada por indígenas e antropólogos. Quase 50 anos depois da iniciativa, que teve a participação decisiva dos irmãos indigenistas Cláudio e Orlando Villas-Bôas, os indígenas mais velhos ainda não esqueceram as terras originais, que deixaram para trás. Alguns querem voltar às suas antigas origens. Selecionado para o É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários.
“Olhares Cruzados – Parque Indígena do Xingu 50 Anos” (Brasil, 2011, 32 min) – João Pavese
O filme tem como fio condutor depoimentos de indígenas e não indígenas sobre a história, dilemas e desafios da consagrada terra indígena, situada no coração do Brasil.
* “Para Onde Foram as Andorinhas?” (Brasil, 2015, 22 min) – Mari Corrêa
O clima está mudando, o calor aumentando, e os indígenas do Xingu observam os sinais que estão por toda parte. Árvores não florescem mais, o fogo se alastra queimando a floresta, cigarras não cantam mais anunciando a chuva porque o calor cozinhou seus ovos. Os frutos da roça estão se estragando antes de crescer. Ao olhar os efeitos devastadores dessas mudanças, eles se perguntam como será o futuro de seus netos. Uma coprodução Instituto Catitu e Instituto Socioambiental (ISA), o curta-metragem foi realizado para ser exibido durante a Conferência de Paris (COP 21).
* “Pïrínop: Meu Primeiro Contato” (Brasil/França, 2007, 83 min) – Mari Corrêa e Karané Ikpeng
Em 1964, os indígenas Ikpeng têm seu primeiro contato com o homem branco numa região próxima ao rio Xingu. O filme relata este encontro, ou o que restou dele: as lembranças, o exílio, a terra abandonada, o desejo e a luta pelo retorno. Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival Internacional de Cinema e Vídeo dos Povos Indígenas.
* “Raoni” (França/Brasil/Bélgica, 1978, 84 min) – Jean-Pierre Dutilleux e Luiz Carlos Saldanha
O cotidiano, a cultura, os costumes e as situações vividas pelas tribos que habitam a região do Parque Nacional do Xingu, por meio da figura de Raoni Metuktire, um cacique conhecido internacionalmente por sua luta pelos povos indígenas brasileiros. Um dos primeiros documentários de longa-metragem a abordar os problemas relacionados à questão indígena no Brasil, o filme teve uma carreira surpreendente. Sua versão norte-americana (com locução de Marlon Brando) foi indicada ao Oscar de melhor documentário e foi eleito como melhor documentário no Festival Internacional de Cinema de São Francisco; a versão brasileira (com a voz de Paulo César Pereio) venceu os prêmios de melhor filme, fotografia, música (para Egberto Gismonti) e montagem no Festival de Gramado. Nos Estados Unidos, diversas personalidades se engajaram na sua divulgação, entre elas, os atores Dustin Hoffman, Jon Voight e Jeff Bridges. Outra curiosidade é a opção dos diretores pela fotografia em Cinemascope (tela larga), formato raramente utilizado no documentário.
* “Território Pequi” (Brasil, 2021, 22 min) – Takumã Kuikuro
Os pequizais ilustram a história dos povos indígenas do Alto Xingu. Agora, documentado por seus detentores Kuikuro, o pequi se torna símbolo de vasto patrimônio cultural e genético, imprescindível para o pensamento sobre os sistemas agrícolas amazônicos.
* “Topawa” (Brasil, 2019, 7 min) – Kamikia Kisêdjê e Simone Giovine
O filme traz depoimentos de mulheres da Terra Indígena Apyterewa sobre os primeiros contatos com os homens brancos, enquanto confeccionam redes e cestas a partir da palmeira de tucum. Vencedor de menção honrosa na Mostra Ecofalante de Cinema.
* “Uaka” (Brasil, 1988, 77 min) – Paula Gaitán
No Xingu, todos os anos se celebra na aldeia Kamaiurá o Kuarup, grande acontecimento festivo no qual os homens roubam o fogo divino, espalhando-o pela terra. O filme focaliza as nove tribos que participam do ritual ao som de flautas uruá, com a participação dos pajés Tacumã, Sapaim e Prepori, entre outros.
* "Wotko e Kokotxi, Uma História Tapayuna" (Brasil, 2010, 50 min) - Kamikia Kisêdjê
Durante décadas, o povo Tapayuna combateu a invasão de suas terras ao norte do Mato Grosso. No final dos anos 1950, com a intensificação da exploração da borracha na região, alguns brancos deram a eles carne envenenada, fazendo com que grande parte do grupo morresse. O filme conta essa trágica história e o ressurgimento do povo Tapayuna narrados por um casal sobrevivente, Wotkó e Kokotxi.
* “Xingu – Terra Ameaçada” (Brasil, 2007, 49 min) – Washington Novaes
Em 1984, o jornalista e documentarista Washington Novaes foi ao Xingu e realizou a série "Xingu - A Terra Mágica", que revelou ao Brasil, pela primeira vez em toda a sua grandeza, as culturas indígenas desse lugar. Vinte anos depois, Novaes retornou aos mesmos cinco grupos indígenas retratados na década de 1980. Ainda fortes e vivas, as culturas indígenas do Xingu sofriam, então, com a pressão do desenvolvimento econômico. Mudanças culturais e ambientais colocam sob ameaça os modos de vida milenares e um enorme patrimônio cultural e natural.
* “Xingu/Terra” (Brasil, 1981, 74 min) – Maureen Bisilliat
Narrado por Orlando Villas-Bôas, o filme retrata o cotidiano da aldeia indígena Mehinaku: a plantação e a colheita da mandioca, a pesca, a preparação da tinta de urucum, a modelagem da cerâmica doméstica. A divisão de tarefas entre os homens e as mulheres, a terra coletivizada, o chefe conselheiro da tribo, o relacionamento entre pais e filhos; a apresentação do sistema de valores que mantém o equilíbrio entre o homem, a aldeia e a natureza. A obra foi escolhida para abrir o importante Festival Margaret Mead (Museu de História Natural, Nova York). Vencedor dos prêmios de melhor fotografia e melhor técnico de som no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
* “Yarang Mamin” (Brasil, 2019, 21 min) – Kamatxi Ikpeng
No Território Indígena do Xingu, em Mato Grosso, o cineasta indígena Kamatxi Ikpeng documentou a história de um grupo de mulheres de seu povo, o povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. O filme apresenta os desejos e conquistas do grupo que integra a Rede de Sementes do Xingu e que já ajudou a plantar cerca de 1 milhão de árvores que formarão as florestas do futuro.
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