2020 / AA-L21 - 26/11 - Conversa com Alexandre Gomes do Gueto Cine / Fabcine Móvel e participação especial de Thais Scabio da todesplay / Mediação de Lúcio Kodato
Tipo –Registro de Live / Aula Aberta realizada e gravada através do Programa Zoom
Tempo de duração – 01 h. 56 min. 21 seg.
Créditos
Conversa com Alexandre Gomes do Gueto Cine / Fabcine Móvel e participação especial de Thais Scabio do todesplay
Mediação Lúcio Kodato
Professor de Fotografia
Live realizada através do programa ZOOM em 26/11/2020
Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André
Novembro
2020
ELCV - ESCOLA LIVRE DE CINEMA - SANTO ANDRÉ
Sobre o Todesplay - https://todesplay.com.br
O que é a todesplay?
É uma plataforma, gerida pela APAN – Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro que busca consolidar um mercado mais diverso e representativo evidenciando as relações existentes entre o conteúdo e quem o realizou.
Sobre o Fabcine Móvel - https://fabicine.wixsite.com/fabicine
Há 15 anos o Coletivo Fabcine vem construindo bases não apenas sólidas, mas principalmente "móveis", para um projeto de cultura audiovisual de rua, que tem como objetivo principal produzir e difundir obras, conteúdos e práticas de vídeo popular e do cinema independente, por meio de exibições alternativas para o público das regiões menos “assistidas” da cidade.
Sobre o Gueto Cine - https://guetocine.wixsite.com/guetocine/desenvolvimento/
O Coletivo Gueto Cine começou sua atividade artística em 2013, a partir de formações em fotografia e vídeo oferecidas no Ateliê Multimeios da Fábrica de Cultura do Jaçanã.
As primeiras formações do ateliê multimeios envolviam atividades de grafite, lambe lambe e saídas culturais (Teatro, Museu e Parques). Nesse momento, éramos um grupo de aprendizes e já fazíamos diversas coisas juntos, mas não tínhamos, ainda, uma noção coletivista. Isso tinha a ver com a formação que recebíamos e que nesse momento focava em desenvolvimento de nossas habilidades pessoais.
De 2013 a 2017 diferentes educadores foram contratados para as formações do ateliê. Em alguns casos o educador focava seu curso na fotografia, em outros na a experimentação fílmica e na prática de roteiro, teoria do enquadramento fotográfico, direção de arte e montagem. E foi com essas experiências que começamos a compreender melhor as diferenças entre participar de uma ação coletiva proposta, e ser parte de um coletivo que pensa e propõe suas próprias ações e projetos.
Em 2017, o integrante Flávio Galvão foi contratado pela POIESIS para ocupar a vaga da antiga professora, sendo assim, nosso novo educador de audiovisual na Fábrica de Cultura do Jaçanã, localizada numa zona periférica da zona norte de São Paulo onde a conexão Gueto Cine-FABCINE, aconteceu. Éramos os únicos alunos a permanecer no curso desde o início, e por isso, tínhamos passado por diversos educadores diferentes, diversas aulas e diversas formas diferentes de pensar.
Após alguns meses de curso, o educador nos chamou com com uma proposta: elaborar um projeto para o edital do Fomento à Cultura da Periferia 2017. Não sabíamos bem o que era, mas topamos e a ideia do projeto foi: criar uma SEDE pro nosso núcleo (contratando trabalhadores da região para a prestação de serviços), onde faríamos uma oficina para formação de 15 pessoas por três semestres; comprar equipamentos que possibilitassem um registro audiovisual para o Gueto Cine; reformar a "kombosa" (veículo de comunicação audiovisual comprada pelo Coletivo FABCINE, com o intuito de fazer um bate-papo com diretores cineastas brasileiros após a exibição de seus filmes, entre outras atividades); fazer saídas para intervenções culturais entre outras atividades.
Uma das ideias foi entrevistar artistas famosos que residem na região, como: escritora Jacira, cantora Dandara, MC Tig, KL Jay e MC Edi Rock, daí surgiu o nome projeto: FABCINE MÓVEL, por essas bandas. Para dar duplo por ser um projeto itinerante, onde vamos espalhar cultura por diversas áreas periféricas da zona norte e por estar proposto nele montar um curta-metragem com artistas da região.
Atualmente o Coletivo Gueto Cine conta com apenas 3 integrantes, sendo Alexandre Gomes, Danilo Gomes e Emilly Reis.
Sobre Lúcio Kodato: LÚCIO KODATO, ABC , diretor de fotografia, nasceu em São Paulo em 29 de março de 1947. Começa seus estudos de fotografia em 1969 na Escola Enfoco, dirigida por Clode Kubrusly, contando com palestrantes como Maureen Bisilliat, Claudia Andujar, George Love, Luigi Mamprin e Cristiano Mascaro. Inicia sua atuação profissional em 1969 como fotojornalista nos diários O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde. Em 1970, prossegue sua formação na área de cinema como assistente de câmera e depois como diretor de fotografia, participando, entre outros, nos filmes “Cordélia, Cordélia”- dir. Rodolfo Nanni; “À Flor da Pele” – dir. Francisco Ramalho (1976); “Os Anos JK – Uma Trajetória Política” (1980) e “Jango” (1984) – dir. Silvio Tendler; “Todos os Corações do Mundo” – dir. Murilo Salles (1996); “Canta Maria” – dir. Francisco Ramalho (2006); “Maré, Nossa História de Amor” – dir. Lucia Murat (2008); “Nervos de Aço” – dir. Maurice Capovilla (2016); “O Galã” – dir. Francisco Ramalho Jr. (2016),
Como diretor de fotografia do documentário “Xingu/Terra”, recebe o prêmio de Melhor Fotografia no XIV Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (1981); dirige também a fotografia do documentário “O Turista Aprendiz” (Sala Especial na XIV Bienal de São Paulo, 1985), ambos de autoria de Maureen Bisilliat. Entre outros trabalhos, estão os exibidos na TV Brasil em março de 2014: “Advogados contra a Ditadura”, “Militares da Democracia”, “Poema Sujo” – Ferreira Gullar - dir. Silvio Tendler; exibido na Globosat – “Brasil Místico” – dir. Silvio Tendler; “Alma Imoral” – dir. Silvio Tendler / Nilton Bonder; “Dedo na Ferida” - dir. Silvio Tendler nos cinemas; exibida pelo Canal TNT: a Série Curtas TNT (6 curtas de jovens Diretores a partir de um concurso de Roteiros promovido pela TNT - 2017). Série para internet “Renascidos” - dir. Jefferson Nali. (2019)
Foi Diretor de Fotografia de 2ª unidade das produções internacionais: “Floresta das Esmeraldas” - dir. John Boorman, dop. Philippe Rousselot, ASC, AFC (1985) e “Luar sobre o Parador”- dir. Paul Mazursky, dop. Don McAlpine, ASC, ACS (1988)
Estudou e trabalhou no Japão (Tokyo) de 1973 a 1975. Algumas produtoras: Cat Inc. Commercials, Ari Productions, Tokyo Cinema, Group Gendai, K.K. Kagaku Eiga Seisakujo, TV Man Union, TBS Commercial.
Foi professor em diversas instituições pelo Brasil. Atualmente ministra aulas na Escola Livre de Cinema e Vídeo em Santo André, SP.